XXV Edição
Doces e Licores - Uma doce tentação!
Os doces conventuais estiveram presentes em refeições faustosas, servidas nestes espaços monásticos. Os licores, destilados a partir de bagas, frutas e plantas, eram usados para fins medicinais.
Os ingredientes principais desta doçaria requintada, feita de dedicação e muita paciência e labor, são as gemas, o açúcar e as amêndoas. Foi a partir do século XVI, com a expansão do comércio do açúcar, que os doces atingiram maior notoriedade. O açúcar possibilitou obter vários pontos de calda que permitiam a conservação dos doces. Entre os séculos XVIII e XIX, Portugal era o maior produtor de ovos da Europa.
O território de Alcobaça, administrado pelos monges de Cister, do século XII ao século XIX, foi sempre uma região de cariz fortemente agrícola. Os terrenos férteis e o conhecimento técnico dos monges tornaram este território reconhecido pelos produtos agrícolas e pela gastronomia de excelência “naturalmente que a atividade económica que primeiro despontou foi a agricultura, como se compreende, quer pelo tempo em que se vivia, quer pela natureza dos ideais dos senhores da terra, subordinados ao lema beneditino do ora et labora”, in “Um Mosteiro entre os Rios”, 2021.
“As terras de Alcobaça foram desbravadas e amorosamente agricultadas, há oitocentos anos, por monges que viviam entre o trabalho e a oração. E tão fecundo foi esse trabalho, e tão fervorosas essas orações, que a bênção de Deus desceu sobre estas terras, e permitiu que através das vicissitudes do tempo, de tantos erros e desvairadas paixões, de tanta loucura e impiedade, esse trabalho se não perdesse, antes frutificasse, como que por suave milagre, para maior felicidade dos homens.” (palavras de Joaquim Vieira Natividade, em 1942, na conferência “Os Monges Agrónomos de Alcobaça”).
A agricultura e a gastronomia alcobacense é baseada na abundância e na qualidade da fruta, do vinho, do azeite e do vasto conjunto de hortícolas e leguminosas, ainda hoje aqui produzidos.
Além da fruticultura, onde se destaca a Maçã de Alcobaça, também os Doces e Licores Conventuais representam uma marca gastronómica de grande notoriedade, com destaque para as “Cornucópias”, as “Delícias de Frei João”, o “Pudim de Ovos dos Frades do Convento de Alcobaça”, as “Queijadas do Bárrio”, as “Gradinhas de Alcobaça”, os “Tachinhos à Dom Abade”, o “Pão de Ló de Alfeizerão” e o licor de “Ginja de Alcobaça”.
São várias as casas e pastelarias do concelho que conservam ainda hoje o legado dos Doces e Licores Conventuais dos Mosteiros de Alcobaça (masculino) e de Coz (feminino).
Claustro Do Rachadouro
Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel
A Mostra volta a alargar o seu espaço para as salas do Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel.
O Clautro do Rachadouro acolhe:
- Espaço dedicado aos licores conventuais;
- Mostra de chocolates (belgas);
- Showcookings;
- Espaço para a EPADRC e para a cafetaria da Paróquia de Alcobaça;
- Tenda para momentos músicais e culturais, com destaque para o concerto da cantora lírica Sofia Escobar, no primeiro dia da Mostra.
Sala Monástica
Sala do Capítulo
A Sala do Capítulo volta a acolher os produtos confecionados em Mosteiros Cistercienses de Portugal, Brasil e Bélgica.
Neste espaço poderá apreciar as melhores propostas da atual doçaria conventual confecionada em espaço sagrado.
- Mosteiro do Santíssimo Sacramento do Louriçal;
- Mosteiro de Bande, Vila Nova da Carvalhosa;
- Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja;
- Monjas Cistercienses da Porta Aberta;
- Mosteiro de São Bento de Singeverga;
- Abadia de Herkenrode, Bélgica (Herkenrode);
- Mosteiro Cisterciense de Boa Vista, Brasil (Rio Negrinho);
- Casa do Povo do Curral das Freiras, Madeira (Curral das Freiras).
Melhor Doce Conventual e Melhor Licor
Votação do Público


Participantes
Descubra os saborosos participantes da XXV Mostra Internacional de Doces & Licores de Alcobaça.

Horários e eventos imperdíveis que tornarão a sua visita ainda mais doce.